Hoje vim falar da minha cidade.
Da doçura e do prazer que moram
nas praças, nos quartos, em todos
os pedaços da minha cidade.
Vim falar das pessoas
que vivem aqui.
Vim falar da minha cidade,
que traz nos braços jovens
todas as alegrias e tristezas
multiplicadas por milhão, e
que leva no peito jovem,
as esperanças infinitas de
seu povo novo.
Vim falar hoje do amor
que, de repente, aparece,
nos inusitados cantos
em todos os recantos de minha cidade.
Vim dizer que a vida flui, anda,
corre, dói nas veias sadias,
nas pernas maravilhosas, nas puras cabeças
da minha cidade.
Preciso ainda comentar brevemente
que a morte passeia aqui,
como em todas as outras.
Que a dor escolheu esta, como
uma de suas cansadas moradias,
mas, não a mais confortável.
Que a fome também tem lugar
em minha cidade.
Mas, ironicamente, irreverentemente,
felizmente,
vivo aqui em minha cidade.
E, no fim de todas as duras e
sofridas dores,
a vida, a vida-vida,
a vida vivida
com muita vida,
mora aqui
em minha cidade.
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