SEM TI


Árida agora, já morro
com a secura dos corações
que se arranham em muros,
destroçando flores enquanto sangro.
Tua ausência, meu cárcere,
negro mar, onde os sonhos morrem,
ondas a se desfazer nas rochas.
Tua ausência, as escarpas
onde rasgo as mãos.

.............................

Agora, rota a alma,
é tarde, é muito tarde.
Saramar

11 comentários:

Anônimo disse...

Nossa, amiga, quanta tristeza nesses versos e quanta coragem a resistir.

Chris disse...

A dor tem prazo de validade, acredite!

Tina disse...

Oi Saramar!

"Tua ausência, meu cárcere"... Nada mais preciso ler. Ou viver.

Obrigada por tanta beleza e dizeres que fazem viver.

beijo grande e boa semana,

spersivo disse...

Negro mar é forte, mas "onde os sonhos morrem" já é arrasador. Saudades tuas mais ainda. Um bjao. S.

Anônimo disse...

Tão triste, querida.

Beijosss

JPAnunciação disse...

Amiga Saramar,
Será certamente triste, mas é verdadeiramente belo.

Um beijo
João Paulo

JPAnunciação disse...

Amiga Saramar,
Será certamente triste, mas é verdadeiramente belo.

Um beijo
João Paulo

JPAnunciação disse...

Amiga Saramar,
Será certamente triste, mas é verdadeiramente belo.

Um beijo
João Paulo

Anônimo disse...

Saramar!

Lí em algum lugar que a diferença entre arte e artesanato é que o segundo pode agradar mais facilmente aos olhos, já a primeira, para agradar aos sentidos, provoca desconforto, instiga, provoca. Talvez seja por isso que você é uma das minhas poetas prediletas.

Beijo. Carinho.

Alessandra Espínola disse...

tua poesia é dilacerante, linda mente tocante!

Mimi disse...

ai, me acabaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa...