Há algo no ar.
Borboletas brincam em meu corpo.
Meio a medo, tateio novas sensações
renovadas por algum feiticeiro invisível.
Ou, quem sabe, um anjo de perdição?
Silêncios repentinos despertam memórias
quase insuportáveis em sua urgência.
Meus olhos mergulham em volta de mim
a procurar por essas mãos imaginárias
que me acariciam, ardentes, aquecendo-me,
acendendo labaredas incontroláveis e inúteis.
Como na primavera, brotos assomam em mim,
de sementes tão antigas que já nem me lembrava
de sua beleza e torturante colorido.
Estou cor de rosa
Ficarei vermelha?
Saramar
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