O AMOR
Postado por
Saramar
on segunda-feira, julho 23, 2007
um broto de água
sob a pedra,
olhos recém-abertos,
brota.
da pedra
é tanta a sede,
entretanto,
que mina,
mina d'água,
mina d'ouro
de sol,
de repente, lépida fonte
e seus verdes aninhados.
o mundo, os musgos,
as flores em seu mirar,
o leito,
o longo deitar-se
entre as margens do corpo.
o percurso,
a pausa na curva,
a água que escorre,
finalmente rio
passando, passando
minando...
gota d'água,
a pedra no peito,
lápide.
Saramar
Imagem: Chris Fordhan
14 comentários:
Lindo, clarividente, porém Lúgubre.
Oito duzias de cheiros
Minha querida Poeta,
Estive impedido de te visitar como devia, como desejo. Hoje, me sinto melhor e vou recuperar o tempo perdido, realimentar a emoção com sua poética.
Uma semana de luz, minha querida!
Cristalinos versos, lembrei-me do barulho das águas das cachoeiras da minha linda Chapada Diamantina. Lindo poema.
Beijos e bom semana.
Saramar!
Belíssimo poema... qual rio o amor nasce e cresce ora em remanso, ora em corredeiras, e em alguma pedra se esvai.
Grata pelo carinho lá no BSB.
Beijos meus.
Bela relação fizeste, Saramar. De uma delicadeza comovente. Adorei.
Beijo.
Mina, pedra, água, veio. Imagens que me tocam, que me remetem ás minhas raízes. E como você sabe jogar estas palavras na lugar certo... Beijão menina!
Emocionante, saramar, apesar de passar um q de tristeza. Bom, o tema vaza melancolia mesmo. Para mim você simplesmente falou de vazios e solidão e foi magistral ao faze-lo. Boa semana.
gracias por la visita
y tan lindas palabras...
..."Lágrimas de diamantes..."
saludos
Fiz aqui, uma "pausa na curva" da realidade; para beber na sua fonte, que mina boa poesia. AbraçoDasMinas.
Olá,
Desculpe a minha ausência, mas o que importa é, que estou de volta.
Continuarei a comentar, é esta a minha maneira de ser:
Oferendo este poema da “FLY” – do blog “Pedaços DÀlma”
Ausência
Quero largueza desta dor
Apartar-me desta saudade,
Libertar-me desta angústia e vencer esta dor
Mas é em vão...
Vão passar-se muitos anos Pai e eu vou sempre chorar a tua ausência.
Sinto a tua falta!
Queria poder sorrir e dizer "hoje vou visitar-te"
E digo-o à mesma, mas não vejo o teu sorriso,
não sinto a tua voz,
não sinto o calor do teu toque,
nem o teu afago ou beijo...
Estou triste.
(...)
Porque teimam as lágrimas em cair ...?
Porque é que hoje o dia está cinzento
E o vento traz brisas negras de saudade?
Porque é que a minha mão continua estendida
E eu não sinto o teu calor?
Não estás...
Nunca mais vais estar
E eu sinto-me tão só.
Onde estão as tuas palavras, o teu olhar, o teu carinho?
Onde estão?
Longinquamente por aí
Perdidas entre a minha dor e a saudade
Continuo aqui, paralisada,
Igual a mim mesma à espera do abandono impossível da solidão..
Preciso, tanto, de um abraço teu!!!
Muito bonito o que li bjs*)
Como o veio da água, teu veio poético nasce pequeno, vai crescendo e morre, trazendo vida ao leitor.Perfeito.
Soturno... doído.
Que lindo, Saramar...
Cheio de simplicidade, de sentido e de ritmo...
E... (não triste...) realista...
É a nossa vida nos lábios da POETA...
Beijinhos grandes...
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