DANÇA
Postado por
Saramar
on sexta-feira, julho 27, 2007
no palco,
o amor dança.
Vermelho.
A cortina que o desvenda
cobre meus pés e a mímica que inventam,
de música que não é minha.
(terá sido?
será ido?)
Cuidei do amor
durante o ensaio.
sequei suas lágrimas,
refiz suas faces,
prendi as asas que usa (falsas),
soltei o cordão
livrando-o do chão.
O amor dança
e, de tão solto,
e da liberdade dos seus pés
na dança em que trama suas ilusões,
eu até creio, trânsfuga,
que um dia foi meu.
Saramar
Imagem: Gregório Gruber
8 comentários:
Dança e faz dançar... Vermelho fogo que queima no peito...
Palavras belas dona moça, sempre... Adorei.;
:*
Como sempre, lindo. Já fico sem graça de elogiar porque eu sempre amo tudo que você escreve. E o amor deve ser assim sempre né? Um dançarino...
Um poema de se lhe tirar o chapéu...
Gostei, mas isso já é habitual.
Bom fim-de-semana,
Beijinhos.
Dançar no amor, de amor, por amor, com amor é sempre bom demais. Dançar e amar, sair do chão, seja como for, sempre vale a pena. Beijo.
Dançando, mas bem agarradinhos, para que não haja fuga. E convém que o AMOR não seja dançarino, porque requisitado como ele é, andará sempre a mudar de par.
Fica bem.
Felicidades.
Beijinhos.
Manuel
Belíssimo poema!
A vida é uma dança.
De olhos fechados, à beira do Abismo...
Deliciosamente!
Abraços, flores, estrelas.
Um dia será.
cheiros avulsos
Uma dança que não permite ensaios e em cada passo um valsar único...
lindo final de semana doce Saramar
beijos
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