Uso minhas palavras antigas
que estão a se acabar
em velhos dicionários,
em frangalhos.
Restam poucas
e tudo ainda falta dizer.
Entreguei quase todas
não as soube conter,
e se perderam.
Algumas, afoitas,
afogaram-se no mar.
Uso as palavras que me restam,
inanes, sem sentido ou destino.
Esqueceram-se,
não sabem se encontrar,
cansadas de procurar
o elo, o verso, o riso.
Saramar
Imagem: Weisenflut
9 comentários:
Cara Saramar,
Velhas palavras... cansadas, mas que ainda emprestam a sua força a este excelente poema.
A busca do "elo, o verso, o riso" nestas palavras que nos restam e nos bastam.
Um beijo
Olá, Saramar!!
Suas palavras maravilhosas são, pois verdadeiras em riqueza de conhecimento são...
Agradecido, José
eu perdi totalmente as palavras...so continuo usando as poucas que me sobraram...infelizmente
As palavras são tudo:até mesmo um silêncio diz muito.
Lindos versos, Saramar.
beijos,
palavras morrem e renascem, mudam de forma...
é mesmo um prazer "ver" como vc usa suas palavras...
bjs
ju
Saramar, palavras vem e vão, gestos flutuam, mas a conjunção dos dois se firma.... para sempre
PS: Desculpe Saramar mas que comentário mais piegas valha-me Deus. Depois volto e faço algo decente.
Quando elas desistirem de procurar vão encontrar, é sempre assim, rs*
beijos, querida e até
MM
Bom dia,
Nada como antigas cartas de amor, amareladas e já sem perfume. Mas quantas recordações!
bjs
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