No frio das madrugadas nuas,
a ausência de tua carne é sangue
neste solitário cálice.
Inútil é derramar o vinho e te odiar
por só saber de ti,
a ausência de tua carne é sangue
neste solitário cálice.
Inútil é derramar o vinho e te odiar
por só saber de ti,
quão longe estás de minhas mãos
e de tantos carinhos vãos.
Que meios, que modos tenho,
de entrever nossos corpos,
senão em minha entrega banal?
e de tantos carinhos vãos.
Que meios, que modos tenho,
de entrever nossos corpos,
senão em minha entrega banal?
Em minhas mãos, sentimentos mortos,
perfumes de mim.
perfumes de mim.
E os seus?
Ilusão da madrugada
fria e dura.
Carne nua,
carne sua.
Saramar e David
14 comentários:
Saramar e David: que bela parceria! Bravo! Beijos.
Fiquei com ciúme...
sonoridade intensa, murmúrios na madrugada!
Beijos...
Muito bom... talvez por ser a dois.
Mas muito bom mesmo.
carne nua...carne sua...êita Saramar! rs...tudo de bom os seus poemas!
Um abraço!
Bela tradução desse sentimento de vazio que nos invade quando o amor que era pra eternamente ser acabou apenas lembrança sendo.
Saramar... que dueto!!!
Pura poesia!!
Beijo grande a ambos
Uia, não tinha visto que vc havia publicado!
Um abraço, madrinha
mímicas solitárias...
bom dia amor,
É outono, me perco nos dias frios, que somente me trazem madrugadas cinzas de lembranças suas.
bjs
Oi Saramar!
"ilusão da madrugada...fria e dura".
Lindo só, lindo em dobro.
Parabéns.
beijos,
Saramar,
Este poema possui tamanha sonoridade que poderia ser um poema-canção. Parabéns à dupla de poetas!
Beijo.
Saramar: sua poesia nos encanta...sempre!
Bjins carinhosos pr ati
Que belo resultado. Espero que a parceria continue. Beijos. Francisco Dantas.
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