No frio das madrugadas nuas,
a ausência de tua carne é sangue
neste solitário cálice.
Inútil é derramar o vinho e te odiar
por só saber de ti,
a ausência de tua carne é sangue
neste solitário cálice.
Inútil é derramar o vinho e te odiar
por só saber de ti,
quão longe estás de minhas mãos
e de tantos carinhos vãos.
Que meios, que modos tenho,
de entrever nossos corpos,
senão em minha entrega banal?
e de tantos carinhos vãos.
Que meios, que modos tenho,
de entrever nossos corpos,
senão em minha entrega banal?
Em minhas mãos, sentimentos mortos,
perfumes de mim.
perfumes de mim.
E os seus?
Ilusão da madrugada
fria e dura.
Carne nua,
carne sua.
Saramar e David