TEMPO, TEMPO
Postado por
Saramar
on domingo, junho 24, 2007
Tudo vai passar.
essa flor, o copo, a sede e
o assombro das horas vazias.
Vai passar a espera e
a nostalgia do encontro
que nunca se deu.
Passarão também as horas
ainda que lentamente
e as noites saltarão sobre mim,
lupinas,
invadindo os dias.
Tudo vai passar,
a não ser o meu amor,
avesso do céu
e essa dor, essa dor.
Saramar
Imagem: Lady More
11 comentários:
Lindo este teu TEMPO, TEMPO
Obrigado pela visita, que só agora, no regresso, posso retribuir.
Uma nota mais.
(10 de Junho, comemora-se o DIA DE PORTUGAL. Que melhor data para uma homenagem aos combatentes que deram a vida por PORTUGAL?) Espero ter respondido. Se, porém, quiseres algum esclarecimento mais, dispõe.
Um abraço
Estou a tornar-me repetitivo, mas este seu poema é mais um exemplo da sua grande classe como escritora.
Boa semana, beijinhos.
Oi Saramar!
Tudo passa, tudo passa. A dor fica. Leva tempo: mas passa.Mas a gente sente. E como. Sente.
beijos querida e boa semana.
Linda Saramar.....
"Tudo vai passar,
a não ser o meu amor,
avesso do céu
e essa dor, essa dor."
Se pelo menos o meu amor não passar esta dor, ah! nesta dor dou um jeito... mas se passar o amor, que dor... Bjs do ZC
É verdade: tudo passa... menos as marcas que os sentimentos inscrevem em nós.
de inscrições: a pele sabe.
a alma também...
beijO
Profundo
Há amores que nem o tempo cura!!!
Felizmente, ou infelizmente, fica a dúvida...
Mais uma semaninha e volto à blogoesfera com a energia de antes, até lá um abraço apertadinho cheio de carinho.
O tempo cura,embora não vá sarar todas as feridas...embora as marcas e os sentimentos permaneçam.
Bjs Zita
Gostei deste poema. É a primeira vez que visito o blog. Voltarei. Um abraço transatlântico.
Belo poema. E uma coisa me chamou atenção.
O meu sobrenome final é Lopes que significa filho de Lopo que traduzimos lobo e somente os lobos podem criar noites lupinas.
Milhões de cheiros
Postar um comentário