O POETA E SUA MUSA


Enquanto serena, a musa, em lençóis repousa,
desfaz-se o poeta em letras,
esvaindo em versos de amor,
o amor que sente.
Rasga-se em folhas rabiscadas, o poeta
enquanto a musa descansa e sonha.
Tão pequeno o poeta
e mudas suas palavras, poucas
diante do amor, convertido em silêncio
e versos pálidos.
Repousa a musa e o poeta sangra.
Amanhã, talvez o sol se curve
ao poema mais luminoso do amor que ele sente.
Amanhã, quem sabe, desperte a musa,
mais linda que a manhã
e sinta tremer em seus lábios,
como um beijo,
o verso de amor noturno
do seu poeta louco.
Saramar

8 comentários:

Nilson Barcelli disse...

Fabuloso poema cara amiga.
Um retrato original do poeta com a sua musa.

Bom fim-de-semana, beijinhos.

Iara Maria Carvalho disse...

lindo o poema. de sentimentos incontidos. falados e escritos.

um abraço.

Iara

Ricardo Rayol disse...

e quando se tem múltiplas musas enlouquece mesmo o poeta

Claudinha ੴ disse...

Quisera um dia ser musa para em rabiscos tornar-me flor
dourar o dia em raios de sol
ser canção de amor...
Um beijo,lindo poema!

Anônimo disse...

E o que não falta para os poetas é uma musa! Ainda que imaginária...rs



Bom domingo Saramar!

Cláudio B. Carlos disse...

Saramar!

Gostei.
Obrigado pelas palavras sobre "Sentimento Hiato".

Beijos,

*CC*

Lia Noronha disse...

Saramar: musa inspiradora...de todos nós!
Bjins

Chiko Kuneski disse...

Belíssimo poema. Os versos finais são especiais. E que doce é o beijo dado nos labios da musa quando deles saem os verso para ela criados.