Não me desespero
procuro guarida nas vozes dos poetas,
pastores de sonhos e suas armadilhas,
mergulhados nas nuvens de toda paixão.
Com a negra canção do pranto,
ao ausente que tanto de mim se despediu,
disperso as palavras frágeis da saudade
até amanhecer.
E saio às ruas molhadas de cada manhã
os olhos molhados, as pedras molhadas.
Tropeçando em mim, só ele vejo,
que nada mais existe
nem as tardes de ensolarar as cortinas
sempre abertas...
só essa ausência.
Tudo mais passou.
Mas ainda sigo a salvo,
não busco pouso nem louvo a dor
nela me desfaço.
Dela me disfarço nas vozes dos poetas.
Saramar
procuro guarida nas vozes dos poetas,
pastores de sonhos e suas armadilhas,
mergulhados nas nuvens de toda paixão.
Com a negra canção do pranto,
ao ausente que tanto de mim se despediu,
disperso as palavras frágeis da saudade
até amanhecer.
E saio às ruas molhadas de cada manhã
os olhos molhados, as pedras molhadas.
Tropeçando em mim, só ele vejo,
que nada mais existe
nem as tardes de ensolarar as cortinas
sempre abertas...
só essa ausência.
Tudo mais passou.
Mas ainda sigo a salvo,
não busco pouso nem louvo a dor
nela me desfaço.
Dela me disfarço nas vozes dos poetas.
Saramar
11 comentários:
também dou minhas tropicadas. Mas levanto, e sigo, esperando cair um dia de novo...
beijos, Saramar
Belíssimo Saramar!
Abraço!
só a imagem já é teriivelmente triste.
Lindos poemas. Adorei.
Oi Saramar:
Eu sempre tento não me desesperar...
Lindas palavras, lindas.
beijo grande,
Ah, as vozes dos poetas sempre nos ajudam, principalmente nos piores momentos!
Obrigado por sua visita lá no Me Deixa!
Bjoooooooosssssssssss!!!!!!!
*
as vozes dos poetas,
o cais do nosso abrigo ...
o colo das nossas angustias ...
,
quem tira as reticencias
ao meu mome ,
poetaeusou ... (...) ?
,
conchinhas
,
*
Saramar
Poema belo mas muito triste e tão verdadeiro quantas vezes!
E saio às ruas molhadas de cada manhã
os olhos molhados, as pedras molhadas.
Tropeçando em mim, só ele vejo,
que nada mais existe...
...
só essa ausência.
Um abraço
Eu senti a ausência presente no seu poema.
De onde vem tanta poesia linda, Sara?
Beijos.
E seu disfarce nas vozes dos poetas permite que se vejam "as tardes de ensolarar as cortinas sempre abertas..."
E quando a ausência é o que se tem de presença, disfarçar-se na poesia é um refrigério para a alma.
Sempre, sempre, sempre...encantada com o que escreves!
Abraços
Postar um comentário