Mandei-te uma carta perfumada,
em papel novinho, falando de amor.
Falando dos encontros que não marcamos
e das serenatas que ainda vais compor.
Na carta, falei das noites (tantas),
dos meus lábios que suplicam pelos teus,
das carícias perdidas em gestos sem rumo.
Disse também o que já teu coração pressente,
do amor, orvalho noturno, fantasia de Schubert,
pássaro solto em meu peito, mágico tapete
que me leva a percorrer cordilheiras,
a abrir clareiras em mim e em ti.
Mandei-te uma carta perfumada.
Há mil destinos em tua resposta.
Saramar
Imagem: Françoise Conzalez
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