Os homens travam suas guerras
E arrastam sorrisos congelados
Desde o lúgubre tempo da bomba
Ou da bala, até o vácuo de terra
Que acolhe suas crianças mortas,
Último berço,
Definitivo colo, de sombra.
Os homens escrevem manuais,
E levam suas palavras assassinas
A outros homens, sábios sádicos
Que ensinam em suas páginas vermelhas,
Mil mortes.
Para as dores, nenhum vocábulo,
Nem parênteses.
Os homens matam os homens
E destroçam as crianças,
Abrindo gritos de loucas
Em bocas, antes maternas
Agora roucas pela poeira
Deixada por bombas, balas,
Baques emudecedores
De qualquer humanidade
Os homens e suas guerras
Parem dores em parto
De morte e ecos de dor.
Parem, parem a guerra.
Parem.
Paz!
Saramar
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