NOITE
Postado por
Saramar
on segunda-feira, janeiro 25, 2010
Faltam-me os versos
e rasgo, toda noite,
os pulsos,
na fome de agarrá-los e
passam por mim em irônica fuga.
Desta dor, só eu sei.
Dentro da mudez, já perpétua,
rasgo os pulsos, mordo a língua
e nem um grito
ou algum gemido
rompem a página fria deste silêncio.
7 comentários:
Ah, Saramar, os versos não... Os versos não deviam fazer isto com a gente. Mas eles já voltaram, neste poema intenso e arrebatador.
beijo, querida.
Boa tarde, gostaria de agradecer, inicialmente, o belo comentário que fez em mais recente postagem de meu blog. Acuidade, insight, sensibilidade acompanham esse comentário, para além do 'bonito', 'gostei', somente. Quando vc diz em um sentimento atávico, o diz com toda propriedade. E fico feliz que uma certa dor das coisas que passam , que nos escapam, uma certa busca de algo que nem sabemos o quê, venham acompanhadas de uma certa leveza, como vc muito bem diz.
Muito obrigado, conheci teu blog hoje e sinto que vc faz uma poesia de entranhas, das profundezas, do instante de busca pela mesma poesia que ora nos vem, ora não. Grande abraço.
Olha aí, que festa tê-la de volta e com um poema que exprime, com "unhas e dentes", a luta do poeta, do artista, com a matéria-prima de sua arte, no caso, a palavra. Que luta, não? Um beijo, amiga. Bom retorno.
Gritar também é preciso. rss
1 cheiro
Saramar, poema profundo, além da carne, no osso mesmo! Muito bom!
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