FRIO
Postado por
Saramar
on quarta-feira, junho 18, 2008
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Quem dera o amor não doesse tanto
não precisaria cravar meus olhos
no vento, desfazendo a neve
não aqui dentro
que não há sal que remova
o frio do branco-preto buraco
a que a estrela não resiste.
Sem você, o frio
e o pranto quente.
Saramar
Imagem: Dorothy Wheller
NEGRA CANÇÃO
Postado por
Saramar
on domingo, junho 01, 2008
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Comments: (11)
Não me desespero
procuro guarida nas vozes dos poetas,
pastores de sonhos e suas armadilhas,
mergulhados nas nuvens de toda paixão.
Com a negra canção do pranto,
ao ausente que tanto de mim se despediu,
disperso as palavras frágeis da saudade
até amanhecer.
E saio às ruas molhadas de cada manhã
os olhos molhados, as pedras molhadas.
Tropeçando em mim, só ele vejo,
que nada mais existe
nem as tardes de ensolarar as cortinas
sempre abertas...
só essa ausência.
Tudo mais passou.
Mas ainda sigo a salvo,
não busco pouso nem louvo a dor
nela me desfaço.
Dela me disfarço nas vozes dos poetas.
Saramar
procuro guarida nas vozes dos poetas,
pastores de sonhos e suas armadilhas,
mergulhados nas nuvens de toda paixão.
Com a negra canção do pranto,
ao ausente que tanto de mim se despediu,
disperso as palavras frágeis da saudade
até amanhecer.
E saio às ruas molhadas de cada manhã
os olhos molhados, as pedras molhadas.
Tropeçando em mim, só ele vejo,
que nada mais existe
nem as tardes de ensolarar as cortinas
sempre abertas...
só essa ausência.
Tudo mais passou.
Mas ainda sigo a salvo,
não busco pouso nem louvo a dor
nela me desfaço.
Dela me disfarço nas vozes dos poetas.
Saramar