À SUA PROCURA

Hoje posso dizer como o Poeta
que mil vezes finjo vê-lo e só a
sombra me faz companhia.
Entretanto, sonho e assim
eu o tenho, próximo a mim.
Busco-o com meu olhar na
paisagem vazia.
Nada, nada o traz, nem este
lamento de amor, nem
a tristeza de minhas mãos
frias a tentar um toque, uma
só carícia que me nutrirá
a vida inteira.
Indago as sombras, aborreço os dias
à sua procura e, desta maneira,
imagino- o aqui, sinfonia em flores.
Até nas aves o vejo.
Mas são sombras,
são dores e a distância que,
ao final de tantos malogros,
ao ensejo das horas cruas, finalmente
me dirão que aqui, ainda não está
.
Saramar

Imagem: Willow

6 comentários:

Anônimo disse...

Saramar, as tias palavras são cheias de vida...Aposto que ao chegar para ti,ele sentirá toda sinfonia da perfeição que te inspira...

Anônimo disse...

O poeta mora em vc.

Beijos querida

Anônimo disse...

Palavras tão bem escolhidas para traduzirem emoções que não se escolhem, apenas sentimos. Lindo poema, Saramar.

Lord Broken Pottery disse...

Saramar,
A mesma força poética de sempre. Parabéns!
Beijo

Anônimo disse...

Dá pra fazer poesia até com sombras! Beleza!
Amanhã, retorno de Copacabana Beach, sem achar balas perdidas, mas bem disposto. Já te linkei lá na redação e volto depois pra ler o que perdi enquanto dava uns mergulhos!
Bjuuusss!!!

Nilson Barcelli disse...

Se eu fosse poeta, diria:
- Estou aqui Saramar, cheguei...!
Como não sou, direi apenas que o seu poema tem musicalidade e ritmo que o tornam um excelente poema.
Para além da "trama", claro, que me pareceu muito interessante.
Beijinhos.