
Andei pelos meus sonhos para colorir a noite de meus olhos
Acordei buscando o sol naquela noite, onde, encontrei você.
Solitário, soluçava diante das estrelas despidas pelos ventos
Beijei a lembrança. Abracei a sua foto, desvelei o seu rosto,
Espalhados em meus olhos molhados
Pelos fragmentos de felicidade
Empalhadas em meu corpo estirado no vazio
Esqueci você dentro de mim
Sou náufrago do tempo.
Embalado pelas marés
Ondulantes que navegam meu coração.
Passageiro das ondas do mar.
Sobrevivente dos mergulhos
Nas nascentes do amor,
O amor dividido, desajeitado, desejado.
Grito sem esperança de um abandono voraz.
Fico mudo! Permaneço calado, nos afagos silenciosos
Daquele último sorriso regurgitado na memória.
Conversei com a ilusão prometendo não mais sonhar
Esculpi meu desejo traçado nos castelos de areia.
pelos devaneios presos nos liames das lembranças
costuradas nos retalhos do passado.
Hoje meu futuro.
Guardo embaixo do tapete, passagem obrigatória deste
Náufrago, rastejante de lembranças doloridas
Do presente.
Wilton Chaves