DE PERDA E DOR

 


Irremediável clown,
de amor colorido e triste,
doce guerreiro
de palavras e dores,
anjo, anjo de lutas tantas,
a rir de si enquanto ama.

Ah, meu amigo, o que fazer de você,
agora que já não diz nem sente?
O que fazer da gente,
quando nada mais há
senão o espanto
de nos saber sós
e não mais sabê-lo,
senão que anda solto por aí
desnorteando outros mundos
com sua doçura?

Diga-me, amigo, amado,
o tamanho dessa dor
e, com palavras tortas,
por quantas vidas vou chorar.

Diga-me, por favor!

Saramar

(Para o meu amado amigo, um poeta que se foi em silêncio).

4 comentários:

Sonia disse...

Que triste Saramar.
Sinto muito.



Um abraço!

Victor Gil disse...

Minha querida amiga.

Os poetas nunca morrem,
são folhas que caiem,
aves que gritam,
rios que choram.

Partilho a tua dor e associo-me à tua homenagem. Em Abril, também partiu em silêncio uma poetisa minha amiga. Ficam sempre as suas palavras, mas fica mais pobre a poesia.
Beijos
Victor Gil

betty disse...

Saramar,

Poetas não morrem....
E esse era especial demais para ser esquecido.
..................................................................


Desculpe.....
nada mais consigo dizer......minhas lágrimas não me deixam enxergar as letras.....


Obrigada pela homenagem,

Bjs

Cecília disse...

Lindo, triste, emocionante, forte...

Beijos