DOS CAMINHOS DESFEITOS


Volto às ruas da velha cidade.
Entre cafés e tormentos, nada encontro
nem o eco dos sonhos que sonhei contigo.
Cansaram-se as pedras de esperar.
O tempo atravessou as antigas ruas
segurando minha mão, pedaço trêmulo
de uma ave sem asas e sem abrigo.
Eu, que me quisera Lígia,
pisando flores em caminhos de idílio,
nestas velhas ruas, deixei
o rubro traço dos meus pés feridos
e as marcas de sal nos muros
que souberam do nosso amor
para sempre perdido.
Saramar

22 comentários:

Anônimo disse...

amores pra sempre perdidos são tão difíceis de aceitar, superar e prosseguir...

uma dor tão eterna, uma parte de nós que morreu e não podemos aceitar

Anônimo disse...

Saramar! Como admiro sua escrita! Há sempre a temática do Amor, e você sempre renova a forma de falar dele!
Esse poema está "machucado" e dói, na beleza das frases escolhidas.
A sua marcação de versos é meu maior encanto! Você tem esse dom de contar mágoas, da maneira mais dolorida, sem cair na pieguice...
Eu não canso de me surpreender com a feitura de seus poemas.
Beijos saudosos!
Cuide-se!
Dora

Anônimo disse...

Boa Tarde Saramar,

Na minha ingenuidade poética eu lhe pergunto: será verdade que antigamente os poetas gostavam de padecer de doenças - incuráveis na época - como por exemplo a Tuberculose para tirarem daí a inspiração para criarem lindas poesias de amor?

Será que o poeta seria tão bom para escrever sobre a alegria e felicidade como o é para criar sobre a tristeza e a dor?

Você que é poetisa deve saber a resposta!...

Um grande beijo,

Rita/Uberlândia-MG.

Tina disse...

Oi SAramar!

Ai como doem os amores perdidos: tempos idos, dias sem volta. Saudade a toda prova.

E escritos lindos teus acalentam...

beijis querida, lindo dia.

PS: Espero que esteja bem. Mande notícias.

Anônimo disse...

Como te admiro, querida Poeta!
Mestra da palavra, senhora do renascer permanente do poema, arquiteta do belo!
Obrigado pela emoção que, generosa, sempre nos dá pérolas.
Um beijo afetuoso, POETA!

Zeca disse...

Teus versos parecem soluços encantados vagando pelas velhas ruas da minha cidade, marcando, com sangue e sal as dores de amores.
Teus versos são lindos! E adoro lê-los!

Beijos. Carinho.

Jacinta Dantas disse...

Encanto-me sempre com versos que versa o amor. E, aqui, com seu jeito, o amor se refaz, se reescreve e se reinventa nos seus lindos poemas.
Um abraço

Beti Timm disse...

Saramar,
mesmo sendo um amor tão doído você o torna suave e encantador. Com a
constatação de mesmo sofrendo, é divino amar!

Obrigada por tuas palavras ternas lá no meu cantinho. Eu sempre achei que nunca chegaria onde estou, mas mesmo assim lá no meu mais isolado cantinho, uma pequena esperança, em forma de luz rescendia. E vc tem razão o Zeca é um anjo disfarçado de gente, sempre digo isso à ele, mesmo sendo por ele contestada.

Beijos ternos

Yvonne disse...

Oi querida, como é que você está? Já está melhorzinha? Seu poema melhorou o meu sábado com o sol que voltou a brilhar. Beijocas

A Torre Mágica | Pedro Antônio de Oliveira disse...

Oi, Saramar! Estive por aqui e me apaixonei pelo seu blog. Um beijãooo.

Pedro Antônio - A TORRE MÁGICA - www.atorremagica.blogspot.com

Angela Ursa disse...

Saramar, desejo que, logo, você fique bem. Beijos e flores da Ursa para você :))

A Torre Mágica | Pedro Antônio de Oliveira disse...

Saramar!

Há, pelo menos, dois anos, acompanho seus escritos! São maravilhosos. Descobri por acaso, passeando pelo "Google". Depois disso, nunca mais parei de te visitar! Todos os seus blogs são lindos, lindos! Adoro as críticas que você faz à política em geral. Você é muito bem informada e escreve comentários bastante consistentes! É tudo o que a gente gostaria de dizer, mas, às vezes, não encontra palavras! Parabéns! Continue! Continue! E é uma honra receber sua visita!

Um abraço cheio de carinho.

Pedro Antônio - A TORRE MÁGICA - www.atorremagica.blogspot.com

Anônimo disse...

Eu nunca estive nessas ruas, nem nesses cafEs, nunca ouvi o eco do amor que nunca tive..rimou..rsrs..beijos e saude

Anônimo disse...

Que lindo!!

Claudinha ੴ disse...

Querida, quando voltamos pelas mãos dos tempos corremos o risco de encontrar os fantasmas do que fomos. Eu gosto disto, mas nem todo amor é perdido para sempre... Beijos, lindíssimo poema, me repito, mas é verdade.

Katia De Carli disse...

Tempos sem aparecer... fatos alheios à minha vontade, perdão a ausência.
Já me senti assim... é triste e´dói e sangra a alma, onde ninguém vê,
beijo

Pequena Poetiza disse...

belíssimo o encanto que coloca nas palavras que escreve
e a intensidade que deixa te guiar

gozado q são vários os poemas que vejo com o nome Lígia
e mais um belo

beijos

Zeca disse...

Passando de mansinho, à procura dos teus versos. Na ausência deles, deixo beijos e carinho.

J.F. de Souza disse...

Dos caminhos desfeitos
só sobraram
a minha memória

Márcia disse...

Passando pra deixar carinho e bons dias
beijos flor

Moita disse...

Sara
Responde-me com toda sinceridade. Aqui ou por outras vias, Já publicou seus poemas alguma vez? Se não vai direto à maior editora do país e mostra seus versos, sem antes registrá-los nos fóruns competentes.

E ao contrário de Auta de Souza, ou Cecília Meireles que somente foram reconhecidas e admiradas pós morte, você será encadernada em ouro e venderá aloucadamente.

Sem contar que estarei lá na ABL assistindo a sua posse.

Eu, sem fardão, é claro. Rsss

Muitos cheiros

Zeca disse...

...deixo alí, naquele cantinho, um punhado de beijos. E muito carinho.