ALÉM DE TODO TEMOR...


já entrego o peito
e me disponho ao laço
estendo o braço para o nascer da cicatriz
e já entrego a boca ao teu veneno
éden e inferno
e já grito no meu silêncio
e me entrego ao sacrifício
já me arrisco
e canto com tua voz
eva e maçã
já te envolvo em minhas sombras
de muito te sonhar
e já entrego os pés
às tuas amarras
e me esqueço de voltar
à vazia liberdade.
e já me esgarço,
pequena e breve
e já me toma a febre
dos teus lençóis
já morro e sufoco o jorro
do meu tanto querer
e já me entrego,
seminua,
nem tento me esconder
já me entrego
tua.
Saramar

14 comentários:

Clecia disse...

Oi, Saramar! Obrigada pela visita!Amei voltar aqui e ler os novos poemas. Todos muito bons. :) Um abraço e boa quinta!

Anônimo disse...

Puxa! Ler um poema assim pela manhã é maravilhoso!


OBS: Você não pode colocar suas poesias no Suite Blog enquanto o Léo não volta??rs...

dade amorim disse...

Obrigada pelas palavras boas que você deixou no Inscrições, e também pelo poema de muito amor aqui no Falares.
Beijo!

Anônimo disse...

Puxa... meu link desapareceu...

linda entrega, Saramar.
Lindo poema.

beijão.

poetaeusou . . . disse...

*
len�ol
manto de ma�s,
serpente liberta . . .
,
conchinhas
,
*

scaramouche disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
scaramouche disse...

Parabéns pelas palavras que inspiram os leitores a ... voltar e sair dele com algo especial.

scaramouche.

Meg disse...

Saramar,
Lindo é pouco e redutor.
De tirar a respiração, pelo ritmo, por tudo...
Um abraço

delusions disse...

"e já me entrego,
seminua,
nem tento me esconder
já me entrego
tua.
"


gostei!!!



Bjinho
Sofia

Mimi disse...

Eu me entrego assim. Pq ele não?

Tina disse...

Oi Saramar!

Lindo de tirar o fôlego! Obrigada.

Você se supera, dia após dia...

beijos e boa semana,

PS: Hoje tem festa lá no BM!

Anônimo disse...

Puxa! Que saudade eu estava deste cantinho! Lindíssima esta poesia, Saramar! Beijo grande!

Cláudio B. Carlos disse...

Belíssimo poema, Saramar. Adorei.

Beijos,

*CC*

Alessandra Espínola disse...

teus versos respiram sofregamente, mas tão belo e saboroso que fico até com vontade de morder a maçã! Bacana a alusão edênica e ao final, não há medo nem o eu-poético tenta se esconder, Bravo, minha queirda poeta!