MÍMICA NOTURNA


No frio das madrugadas nuas,
a ausência de tua carne é sangue
neste solitário cálice.
Inútil é derramar o vinho e te odiar
por só saber de ti,
quão longe estás de minhas mãos
e de tantos carinhos vãos.
Que meios, que modos tenho,
de entrever nossos corpos,
senão em minha entrega banal?
Em minhas mãos, sentimentos mortos,
perfumes de mim.
E os seus?

Ilusão da madrugada
fria e dura.
Carne nua,
carne sua.
Saramar e David

14 comentários:

Anônimo disse...

Saramar e David: que bela parceria! Bravo! Beijos.

Marcos Pontes disse...

Fiquei com ciúme...

Alessandra Espínola disse...

sonoridade intensa, murmúrios na madrugada!
Beijos...

Sandro disse...

Muito bom... talvez por ser a dois.
Mas muito bom mesmo.

Anônimo disse...

carne nua...carne sua...êita Saramar! rs...tudo de bom os seus poemas!


Um abraço!

Anônimo disse...

Bela tradução desse sentimento de vazio que nos invade quando o amor que era pra eternamente ser acabou apenas lembrança sendo.

Unknown disse...

Saramar... que dueto!!!

Pura poesia!!


Beijo grande a ambos

@David_Nobrega disse...

Uia, não tinha visto que vc havia publicado!

Um abraço, madrinha

Ricardo Rayol disse...

mímicas solitárias...

Voodoo disse...

bom dia amor,

É outono, me perco nos dias frios, que somente me trazem madrugadas cinzas de lembranças suas.
bjs

Tina disse...

Oi Saramar!

"ilusão da madrugada...fria e dura".

Lindo só, lindo em dobro.

Parabéns.

beijos,

Anônimo disse...

Saramar,

Este poema possui tamanha sonoridade que poderia ser um poema-canção. Parabéns à dupla de poetas!

Beijo.

Lia Noronha disse...

Saramar: sua poesia nos encanta...sempre!
Bjins carinhosos pr ati

Anônimo disse...

Que belo resultado. Espero que a parceria continue. Beijos. Francisco Dantas.