SILÊNCIO


as gavetas, desarrumadas, derramam-se,
espalhando sentimentos pelos cantos.

é o meu amor, ali amontoado
sem encontrar as palavras,
asas de, ao ar, (e) levá-lo?

que dores aquelas que caem pesadamente
como um avião?
existem palavras fáceis
para que possa rasgá-las em mil pedaços?

as palavras não ditas se enlaçam
em manto de silêncio, áspero manto.

(
sobre minha mesa, um lápis
e a folha nua
).
Saramar

12 comentários:

Nilson Barcelli disse...

As gavetas podem estar desarrumadas, mas as suas palavras não.
Gostei do seu poema, como sempre.
Beijinhos.

Embryotic SouL disse...

Venho agradecer, as carinhosas palavras repousadas no meu mundo. Um profundo sentir também mora aqui, certo é, que nas gavetas do tempo, dormentes palavras moram em resguardados silêncios...

Beijo Sentido

Anônimo disse...

Adorei o poema e a visita, fadinha!
Gentileza retribuída, e espero passear mais vezes pelo seu cantinho.

Um grande abraço!!!

JPAnunciação disse...

Simplesmente extraordinário.
Este poema invade-nos de um silêncio reflexivo pelas suas palavras.
Não há um verso a destacar, mas sim todo o Poema.

Um beijo grande.

Mari disse...

oi,amiga
O silêncio muitas vezes,fala mais do que tudo que possamos escrever quando nossas gavetas se desarrumam...
Beijos

Naeno disse...

Obrigado pela visita.
Este poema é muito bonito. Gostei imensamente dele.

Um beijo
Naeno

Anônimo disse...

Saramar querida,
Vir aqui é certeza de encontrar belas palavras mistas a belos sentimentos...
Lindo!
Obrigada pelas visitas e perdoe-me pela demora em retribuir`, falta de tempo, mas fiz post novo e tô passando por aqui, beijão querida e um bom fim de semana, Cris

Ricardo Rayol disse...

Sem palavras, meu silêncio é a maior homenagem que posso prestar a ti minha gurua.

Alice Matos disse...

Aí estão, de novo, as palavras não ditas a gritar seu direito nas nossas estórias de vida...
Beijinhos...

un dress disse...

todas as palavras se podem rasgar

...


e ser outras


...



:)

un dress disse...

todas as palavras se podem rasgar

...


e ser outras


...



:)

Olga disse...

Magnífico este poema!
Adorei.
Beijos.