MORTE


Na minha mudez,
naquilo que não lhe digo
moram, mudos
e morrem, os mundos.
e você nem se move.

Na minha mudez,
no que guardo calada,
moram o medo surdo
e a sede morta.
e nada se move.

Saramar


Hoje há um poemínimo lá no blog do Leo. Clique aqui para ler.

7 comentários:

Lord Broken Pottery disse...

Saramar,
Muito bem feita a sonoridade em "m". Gostei muito.
Beijo

Anônimo disse...

Lulu Santos tem total razão quando diz que "nós somos feitos de silêncio e sons"...Diversos tipos deles...
Beijo, Saramar!

Claudinha ੴ disse...

Posso dizer que me surpreende a cada vez que aqui venho? Posso dizer que sou sua fã infinitésimas vezes? Ah... Beijo!

Anônimo disse...

Eu não sou nada.
Mas devo vir aqui.
Um beijo.
miguel

Nanda Nascimento disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mário Margaride disse...

Belo poema Saramar!

Onde muitas vezes nos confrontamos, com o nosso medo que em surdina. Se esconde dentro de nós

Chiko Kuneski disse...

Talvez um dos mais belos poemas teus que li. Cada palavra colocada como uma peça de quebra-cabeça. Inteligente.