ODALISCA


Mas, perco-me nessas belezas,
nessas suas suavidades e não
consigo mais sair nem pensar.
Fico por aqui,
como uma criança no parque,
como uma fera em sua selva,
como em casa.
Entrego-me em suas mãos
mesmo que elas sejam apenas promessas
e ando meio sonhadora
em seus sonhos
que não são os meus.
Quem dera ser sua odalisca
E enleá-lo entre meus véus
de desejos e devaneios,
enredá-lo interminavelmente
em danças e quadris e pernas.
Saramar


Imagem: Antonio Canova

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