AMOR


O outono é primavera, quando
o amor nos toma o corpo e a alma,
transformando folhas caídas
em flores banhadas na seiva vital.
Envolvidos em embriaguez atemporal,
confundem-se nossos sentidos,
bocas são édens;
a pele, poças
e os olhos, andarilhos cegos.
O amor, esse graal
para nossa incompletude,
nutre-se de minúcias,
Um insensato viver
em busca de si mesmo
Que nós, seus servos,
chamamos de felicidade.

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